Colorimétria

                    

                       COLORIMÉTRIA


A PELE:  A pele constitui-se de 3 camadas. 
A EPIDERME, verdadeiro escudo que protege a pele das agressões externas. 
Muito delgada, sua espessura varia, segundo a localização, entre 0,04 mm e 1,6 mm. 
A HIPODERME é o tecido de reserva e de sustentação. 
É a camada mais espessa: de 0,5 á 3 cm segundo as zonas. 
Esse tecido isola dos choques e das variações de temperatura. 
A DERME, tecido conjuntivo fibroso, com espessura variando de 1 a 2 mm, 
segundo as zonas, constitui o arcabouço da pele. 
Suas células, fibroblastos, fabricam fibras de colágeno que dão resistência 
e firmeza à pele, além de fibras de elastina, que lhe conferem flexibilidade e elasticidade. 
A Derme desempenha, portanto, uma função de coesão. 
Ela é responsável pela nutrição da Epiderme, graças a uma intensa vascularização. 
E essas funções, acrescentam-se as seguintes: - 
Reserva de água (alimentação das células de Epiderme) 
- Regulação térmica (micro circulação) 
- Sensações tácteis (rede nervosa) 
- Permeabilidade e filtração
OS CAPILARES SANGUÍNEOS 
São muito finos e se organizam em redes complexas, entre as arteríolas e as vênulas. 
É no interior desses capilares sanguíneos que se efetuam as trocas gasosas e nutritivas. 
Eles trazem os elementos nutritivos e levam os rejeitos celulares.
OS NERVOS 
Eles nos possibilitam perceber sensações. A inervação do folículo piloso é bastante complexa. 
Ela se constitui dos seguintes elementos. - A inervação motora do músculo eretor. 
- A inervação da papila. - A inervação sensitiva do cabelo. 
O folículo piloso apresenta uma intensa inervação sensitiva, o que se explica as dores à tração 
e as sensações dolorosas do couro cabeludo
OS MÚSCULOS ERETORES 
A semelhança de todos os músculos de nosso corpo, eles se contraem quando o 
sistema nervoso lhes dá uma ordem nesse sentido. 
Então, eles se acumulam sobre si mesmos, encolhem e repuxam as bases dos folículos, 
colocando, assim, o fio de cabelo em posição vertical. 
As influências psíquicas (o medo, em particular) muitas vezes são responsáveis por esse formato.
AS GLÂNDULAS SEBÁCEAS 
São sacos repletos de células claras e volumosas, com um pequeno núcleo central. 
São anexas a um pêlo e secretam sebo. O SEBO É o resultado de uma excreção, 
provocada pelo rompimento dessas células carregadas de gordura. 
O sebo desempenha uma função protetora contra a agressão cutânea. 
Os principais componentes do sebo são os seguintes: - Glicerídeos 43% 
- Ácidos graxos livres 16% - Ceras esterificadas 25% - Esqualano 12% - 
Colesterol 4% - Hidrocarbonetos saturados vestígios 
O escoamento normal do sebo possibilita a flexibilidade e a 
boa resistência da camada córnea e do cabelo.
AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS  
Regulam a temperatura do organismo através da secreção do suor. 
O SUOR 
Produzido pelas glândulas sudoríparas, regula a temperatura do organismo. 
A evaporação é o único meio de eliminar o calor quando a temperatura externa é elevada. 
O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém 99% de água, uréia, amônia, ácidos lático e pirúvico. 
Esse pH lhe confere propriedades anticépticas e antifúngicas.
 A PAPILA DÉRMICA E O FOLÍCULO PILOSO   
A papila dérmica encontra-se na base de um saco alongado, derivado da Epiderme, 
que é o folículo piloso. 
Ela tem uma rica vascularização e constitui-se de uma multidão de células específicas: 
os queratinócitos. 
A parte inferior do bulbo piloso, que é a matriz do cabelo, encerra a zona de divisão celular. 
Cada célula se divide e cria uma célula-filha, que é impulsionada para o alto e pelo 
nascimento de outras células. 
Elas se queratinizam progressivamente na parte superior do bulbo piloso, para dar 
origem aos fios de cabelo. 
Na Epiderme, as células basais se multiplicam a cada período de 457 horas. 
A taxa de multiplicação das células da papila dérmica, a cada período de 39 horas, 
é uma das mais elevadas que se conhece. Isso explica a sensibilidade do cabelo 
aos diferentes agentes que bloqueiam a multiplicação celular. 
O bulbo piloso atinge sua largura máxima a meia altura da papila. 
Uma linha transversal nesse nível (>linha de Auber<) constitui o limite superior do 
território onde se expandem e se multiplicam os queratinócitos e os melancócitos. 
Um fenômeno importante ocorre na zona queratógena, que é a parte superior do bulbo 
As células vão sofrer mutações: degenerar-se, alongar-se, morrer pela perda do 
núcleo e endurecer, produzindo uma proteína rica em enxofre - a queratina. 
Ela formará o esqueleto do cabelo. No nível da zona queratógena se individualiza 
a bainha epitelial interna. Constituída de diversas camadas celulares concêntricas, 
ela acompanha o cabelo no seu crescimento até o ponto onde desemboca 
o canal sebáceo: O colo. 
A haste pilar torna-se, então, livre. A bainha epitelial externa é um invaginação da epiderme. 
Suas células não passam pelo processo de queratinização.
A CUTÍCULA
Outras células da matriz do cabelo se achatam e se alongam para formar a cutícula. 
A CUTÍCULA, superfície protetora do cabelo, é formada de uma camada única de 
células que se recobrem parcialmente, como escamas de peixe, com a borda livre 
direcionada para a extremidade do fio de cabelo. 
Como as escamas se recobrem diversas vezes umas às outras, um corte transversal 
da cutícula da à impressão de uma estrutura de camadas múltiplas de 3 a 10 espessuras. 
Essas células cuticulares, muito achatadas (0,5 micrometros) 
e muito alongadas (45 micrometros) são constituídas de três partes: 
A EPICUTÍCULA =  A EXOCUTÍCULA =  A ENDOCUTÍCULA. 
Esses diferentes elementos são constituídos, principalmente, de material protéico 
que será tanto mais rico em enxofre (e portanto, em cistina) quanto mais nos 
aproximamos da superfície que esta em contato com o mundo exterior. 
A cutícula desempenha um papel muito importante. 
Ela contribui para a coesão do cabelo, mantendo as fibras de queratina do córtex 
em uma "bainha" particularmente resistente. 
Ela é muito estável do ponto de vista bioquímico e resiste a forças físicas e químicas potente. 
Quando a cutícula se degrada, perde seu poder protetor e a coesão interna do cabelo fica reduzida.
O cabelo torna-se, então, extremamente fragilizado.
A MEDÚLA
É na parte central do cabelo, a medula (canal medular) é constituída por pilhas de células mortas, 
que se esvaziaram de sua substância e estão separadas por bolhas de ar, muitas vezes é intermitente e, por vezes, chega a estar até mesmo totalmente ausente, o que faz supor que 
ela não tenha uma real importância funcional. 
Em muitos animais a medula representa 2/3 do pêlo. São células vazias, cheias de ar, que 
fazem às vezes de isolante térmico. 
Esse papel é inútil para o homem, o que explica seu desaparecimento.
O CÓRTEX
As células queratinizadas, situadas no centro do folículo, tornam uma forma de fuso, 
muito alongada. Elas constituem o coração do cabelo: o córtex. 
Trata-se da parte mais importante do cabelo. O córtex contribui, em grande parte, 
para as propriedades mecânicas do cabelo: 
- Solidez: a carga necessária para que se obtenha a ruptura de um fio de cabelo natural sadio, 
varia entre 50 a 100 gramas. 
- Elasticidade: se esticarmos moderadamente um fio de cabelo seco ou úmido, ele se recuperará bastante rapidamente seu comprimento inicial. Entretanto, é preciso que esse alongamento não ultrapasse 3% aproximadamente. - Permeabilidade: o cabelo pode absorver até 35% de seu peso 
em água. Seu diâmetro pode aumentar em 15 a 20%, seu comprimento, de somente 0,5 a 2%. 
A absorção da água vem acompanhada de uma dilatação, da qual depende a maior ou menor facilidade de penetração de certas moléculas orgânicas. 
As células corticais são coladas umas às outras e orientadas no sentido da haste do fio de cabelo.
A CÉLULA CORTICAL 
é fusiforme, com uma largura de 2 a 5 micrometros e comprimento de aproximadamente 100 micrometros, constitui-se de fibras: estas fibras são chamadas Macrofibrilas.
AS MACROFIBRILAS: São constituídas pelas Microfibrilas que envoltas em                               
uma matéria amorfa, rica em enxofre compõem a Macrofibrila. 
É aí que se encontram os grãos de melanina, responsáveis pela cor dos cabelos.
AS MICROFIBRILAS: 
Por sua vez estas fibras também são compostas por outras fibras menores ainda, 
ela é constituída pela reunião de 5 a 11 fibras chamadas de Protofibrilas.
AS PROTOFIBRILAS 
Têm a forma de uma corda trançada, com 2 ou 3 fios. 
Cada um desses fios é uma Cadeia de Queratina com uma característica 
com baixo teor de enxofre, enrolada sobre si mesma, em forma de hélice.
AS CADEIAS DE QUERATINAS  
Ligam-se entre si por diferentes ligações químicas: 
Estas ligações são chamadas de Pontes de Dissulfeto, estas pontes se dividem em duas, 
as ligações hidrogenas e as ligações salinas. 
Essas ligações proporcionam a coesão desse edifício complexo.

O CICLO DE VIDA DO CABELO
O cabelo cresce, em média, de 1cm a 1,9 cm por mês. 
Cada fio de cabelo tem um ciclo de vida de 4 anos, aproximadamente. 
Cada folículo piloso está programado para ter, em média, 25 ciclos de vida. 
Na papila dérmica se desenvolvem as três fases de um ciclo. 
Fase Anagenética: A divisão celular é contínua, as novas células empurram 
as velhas para o exterior de 3 a 5 anos  
Fase Catagenética: A produção de células fica muito mais lenta e, 
em seguida, cessa completamente. 3 a 4 semanas. 
Fase Telogenética: O folículo piloso se retrai e sua base 
se aproxima da superfície da pele. 3 a 4 meses.
 FASE ANAGENÉTICA: 

1º) Um novo fio de cabelo nasce dentro da papila dérmica. 
2º) Ele empurra o fio de cabelo em fase telogenética. 
3º) Assim, o novo fio de cabelo cresce regularmente e expulsa o fio antigo. 
4º) A divisão celular é contínua. As novas células empurram as velhas para o exterior. 
A QUEDA DOS CABELOS 
Como certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que outros, aproximadamente 
60 fios de cabelos caem naturalmente a cada dia, enquanto que outros fios surgem. 
Se a duração da fase telogenética aumentar em relação à fase anagenética, 
o equilíbrio rompe-se e os fios de cabelo caem em maior quantidade do que aquela que seria normal. 
A atividade pode cessar completamente, os cabelos podem não voltar a crescer. 
As causas desse fenômeno são complexas e múltiplas.
É preciso distinguir os fatores que desencadeiam as quedas passageiras ou as quedas definitiva.

AS QUEDAS PASSAGEIRAS 
São definidas como uma perda de cabelo anormal, porém momentânea. 
Podem ser atribuídas aos seguintes fatores: - estresse psíquico: secreção hormonal alterada; - estresse físico: intervenção cirúrgica, hemorragia, febre elevada; - origem medicamentosa: anticoagulantes, medicamentos antitiróideos, anti-reumáticos e antimicóticos; - carência de oligoelementos: cálcio, manganês, zinco e ferro. 
Em caso de gravidez, as modificações mais menos intensas das taxas de hormônios femininos induzem um estado de repouso nos folículos. Alopecias passageiras, localizadas, como a pelada, podem explicar-se pela constituição genética, por perturbações imunitárias ou por antecedentes familiares.
                                                                                                                
AS QUEDAS DEFINITIVAS 
Explicam-se por uma atrofia da papila dérmica.
Suas causas podem ser múltiplas: - infecções bacterianas ou micóticas do couro cabeludo;
afecções dermatológicas: a psoríase; um distúrbio imunológico causado pela alopecia areada. 
A calvície mais comum é a alopecia androgenética. 
Os hormônios masculinos ou androgenéticos constituem um dos fatores essenciais da queda definitiva dos cabelos, especialmente a testosterona. 
Esse hormônio passa dos testículos para o sangue e, em seguida, do sangue para o bulbo piloso. Nesse momento, a testosterona inativa se transforma sob a influência de uma enzima, a 5-alfa-redutase ou diidrotestosterona ativa, que intensifica a atividade dos folículos pilosos. 
O fio de cabelo, que tem um ciclo de vida de aproximadamente quatro anos, reproduzindo-se, em média, 25 vezes, pela ação da didrotestosterona, tem esse ciclo reduzido para alguns meses e 
então ocorre a calvície precoce.
       
CABELOS OLEOSOS E CABELOS SECOS : A beleza do cabelo depende, em grande 
parte, da glândula sebácea. Essa glândula produz e descarrega, no colo, uma substância
graxa, o sebo. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas se mistura ao sebo para
protege e lubrificar o couro cabeludo e o cabelo. Esse filme protetor desempenha um papel
importante, qualquer que seja sua quantidade. O sebo e o suor recobrem o couro cabeludo,
mantém sua elasticidade e sua resistência, lubrificam o cabelo, que ficará mais flexível e
brilhante.
Essa proteção essencial se renova continuamente.
Entretanto, esse filme hidrolipídio pode tornar-se excessivamente abundante.
Basta uma simples variação de 10%, para que os cabelos fiquem oleosos.
O afluxo hormonal age sobre as glândulas sebáceas que produzem, então, o sebo, em
quantidade excessiva. O sebo migra por capilaridade entre dois ou diversos fios de cabelos  
vizinhos, à razão de 2 a 3,5 mm/minuto e até 16 cm do couro cabeludo,aproximadamente.
O excesso de sebo também se deposita do couro cabeludo e provoca irritações. Na situação
inversa, as glândulas sebáceas podem fabricar muito pouco sebo. O couro cabeludo e os fio
de cabelo não ficam suficientemente protegidos e nem recebem lubrificação. O couro
cabeludo resseca e pode ficar irritado. As escamas que formam a cutícula se deterioram,
seus bordos livres se encurvam. Os cabelos ficam secos e foscos.
As pontas se rompem mais facilmente e se abrem em forquilha.
Os fios de cabelo se prendem uns aos outros e ficam embaraçados.

A CASPA  
As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem totalmente,ou     
seja, para que um queratinócito basal se divida, migre dentro da epiderme até sua superfície.
Lá, as células descamam diariamente, sob a forma de uma fina poeira invisível.
Nos casos de caspa, esse processo fica extremamente modificado e exagerado: as células
epidérmicas caem, aglomeradas uma às outras sob a forma de escamas visíveis.
Essas alterações resultam de uma descamação excessivamente rápida, devido a uma maior
produção de células epidérmicas. Existem dois tipos de caspa: -
A pitríase simplex ou "caspa seca", caracterizada por escamas secas, finas, cinzentas ou
acastanhadas. -
A pitiríase esteatóide ou "caspa oleosa", associada, geralmente, a uma seborréia caracteriza-
se pelas escamas oleosas e espessas, que aderem ao couro cabeludo formando uma espécie de
camada untuosa.
A caspa, muitas vezes, se faz acompanhar de coceira mais ou menos intensa.
As causas da caspa, controversas durante longos anos são atualmente mais conhecidas.
A caspa, provém da modificação intensa, qualitativa e quantitativa, da população microbiana
que vive no couro cabeludo. Em particular, um fungo, o "phityrosporum ovale", que está
presente, em condições normais, no couro cabeludo sadio, prolifera exageradamente até
constituir 75% da microflora local. Foi provado que esse fungo pode desencadear uma
inflamação no couro cabeludo por uma reação do tipo imunitário. Essa inflamação provoca,
principalmente, uma aceleração tanto da renovação celular epidérmica quanto da descamação,
provocando o aparecimento da caspa. A reação imunitária é individual.
Assim sendo, em presença de colônias equivalentes de phityrosporum ovale, certas pessoas   
têm caspa e outras, não. Mas se, por um lado, a proliferação do phityrosporum ovale aparece
como sendo uma causa preponderante nos casos de caspa, por outro lado ela é uma
conseqüência em caráter secundário, já que o couro cabeludo com caspa oferece a esse fungo
um habitat privilegiado: instaura-se, então, uma espécie de círculo vicioso.
 AS CADEIAS DE QUERATINA... E SUAS LIGAÇÕES:  
O cabelo é constituído de uma molécula preponderante, a queratina - proteína de estruturas 
geral idêntica, ela é muito diferente na sua composição de ácidos aminados de natureza diversa. 
A luz, a água, o envelhecimento natural, certos procedimentos capilares provocam a dissolução referencial de quatro ácidos aminados: o ácido aspártico, o ácido glutâmico, a serina e a glicina. 
A queratina amorfa do córtex e da cutícula é, em geral, muito rica em enxofre (cistina). 
Em compensação, a queratina cristalina, que forma as protofibrilas, é pobre em enxofre. 
As cadeias de queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal da haste do fio de cabelo. 
A coesão dessas cadeias se faz: - por rede de pontes de dissulfetos, ligações salinas que se estendem de uma cadeia de queratina a outra; - por ligações hidrogenas que se estendem entre espiras e entre cadeias. 
Essas pontes e essas ligações também fazem parte da queratina amorfa, porém em maior número. 
A ruptura de qualquer dessas forças de ligação provoca uma instabilidade do edifício molecular. 
A composição média da queratina resulta da combinação de 19 ácidos aminados: alanina - 
2,8 a 3,5 % valina - 5,0 a 5,8 % leucina - 6,4 a 6,9 % isoleucina - 2,3 a 2,5 % serina - 
9,6 a 10,8 % treonina - 6,5 a 7,5 % -- fenilalanina - 2,2 a 2,8 % tireosina - 2,1 a 2,7 % -- 
ácido aspártico - 5,6 a 6,5 % ácido glutâmico -14,3 a 15,5 % glicina 3,3 a - 3,5 % -- lisina - 
2,6 a 3,1 % arginina - 8,8 a 9,6 % histidina 0,8 a 1,1 %-- cistina - 14,0 a 16,5 % metionina - 
0,5 a 0,9 % ácido cisteico vestígios
As cadeias de queratina orientam-se particularmente ao eixo longitudinal da haste do fio de cabelo. 
A coesão dessas cadeias se faz: por redes de pontes de dissulfetos, ligações que se estendem de uma cadeia de queratina a outra; 
por ligações hidrogenas que se estendem entre espiras e entre cadeias. 
Essas pontes e essas ligações também fazem parte da queratina amorfa, 
porém em maior número. 
A ruptura de qualquer dessas forças de ligação provoca uma instabilidade do edifício molecular. 
As pontes de dissulfeto são as mais sólidas. 
Verdadeiras características da estrutura queratínica, devido a sua contribuição essencial à 
solidez do cabelo, elas se estendem entre cadeias de queratina a cada grupo de quatro espirais, aproximadamente, como os degraus de uma escada que mantém as duas longarinas laterais.                                  
As pontes de dissulfeto são sensíveis aos agentes químicos, em particular aos redutores 
e aos oxidantes, que podem rompê-las. 
As ligações salinas são ligações eletrostáticas que diminuem consideravelmente 
quando o cabelo está mergulhado na água. 
Desaparecem totalmente em meio ácido ou alcalino. 
Essas ligações salinas se efetuam entre cadeias de queratina, 
aproximadamente a cada grupo de duas espirais. 
A ruptura das ligações salinas explica o aumento de volume do cabelo 
em soluções ácidas ou alcalinas. 
As ligações hidrogenas se criam entre os átomos de oxigênio e de 
hidrogênio dos agrupamentos CO e NH do encadeamento de queratina. 
Essas ligações se estabelecem entre as espirais (A) e entre as cadeias de queratina (B). 
Calcula-se que existe uma ligação hidrogena entre cada espira. Elas podem ser rompidas 
por moléculas de água que se inserem, ao mesmo tempo, entre as cadeias de queratina 
e no interior da queratina amorfa. 
A ruptura das ligações hidrogenas provoca o aumento de volume do cabelo.

A DEFORMAÇÃO TEMPORÁRIA 
A estrutura particular da queratina do cabelo, é, de fato, uma estrutura elástica. 
Essa propriedade possibilita deformações de pouca amplitude, totalmente reversíveis. 
Entretanto, a velocidade com a qual cabelo volta à sua forma primitiva depende das 
condições em que se realiza essa deformação. 
"A mise-en-plis" e a escova deformam o cabelo de modo temporário. 
As quatro fases dessas duas técnicas: umidificação, enrolamento com rolos ou escova, 
secagem, para em seguida, soltar o cabelo desencadeiam as ações físico-químicas sobre 
as fibras de queratina. 
A água rompe as ligações hidrogenas e salinas e provoca o deslizamento das 
cadeias de queratina, umas em relação às outras. 
Essa ruptura torna possível a ação mecânica de um "rolinho" ou de uma escova, 
para criar a forma desejada. 
Secando o cabelo molhado, reconstituem-se novas ligações salinas e hidrogenas, 
que mantém nessa forma, porém momentaneamente.                                                                                                      

A DEFORMAÇÃO PERMANENTE 
Ela é obtida pela ruptura das pontes de dissulfeto, das ligações salinas e hidrogenas, 
o que torna a fibra momentaneamente plástica, ou seja, deformável sem elasticidade. 
Em seguida, é preciso reconstituir as pontes de dissulfeto para fixá-las na forma desejada. 
É assim que as cadeias de queratina e o cabelo recuperam sua coesão.


A REDUÇÃO 
Esquematicamente falando, trata-se de uma reação eletroquímica que provoca transferências 
de elétrons, de um átomo de uma molécula para um átomo de uma molécula. 
O redutor fornece os dois elétrons que se fixam aos átomos de enxofre e separam a 
ponte de dissulfeto em duas meias pontes. 
Ele reduz seletivamente as pontes de dissulfeto, sem agir sobre as demais espécies 
químicas constituintes do cabelo. 
O Líquido Redutor 
(solução de Thiols: ácido tioglicólico, tioglicolato de amônia, tioglicolato de glicerol, cisteína e sulfito) rompe as ligações entre dois átomos de enxofre das pontes de dissulfeto. 
O redutor prepara o cabelo para sua deformação. 
Porém, como se trata de um mecanismo físico-químico, é preciso prestar muita atenção 
à escolha do material, verdadeiro criador do enlace desejado, que será mantido em sua 
forma permanente pelo fixador. 
As cadeias de queratina deslizam umas em relação às outras. 
As duas metades de ponte se afastam. 
As meias pontes não estão mais face a face. 
O enrolamento efetuado antes ou após a aplicação do líquido redutor , 
confere ao cabelo a forma desejada.

A FIXAÇÃO 
Para reconstituir as pontes de dissulfeto em uma configuração diferente, 
o fixador capta os dois elétrons fixados aos átomos de enxofre. 
O Fixador 
(oxidante: solução de água oxigenada com pH ácido e bromato de sódio) 
reforma as ligações entre dois átomos de enxofre isolados. ...

OS PIGMENTOS 
Os Pigmentos de melanina podem ser classificadas esquematicamente em dois grupos: 
Os Pigmentos Granulosos ou Eumelaninas
que variam do preto ao vermelho escuro, conferem ao cabelo as cores sombrias. - 
Os Pigmentos Difusos ou Faeomelaninas
que variam do vermelho brilhante ao amarelo pálido, conferem cores clara ao cabelo. 
É o grau de concentração dos pigmentos granulosos ou difusos que explica a variedade 
das cores naturais dos cabelos.

PROTA e THOMSON, em 1976, isolaram um outro grupo de pigmentos faeomelanínicos, 
chamados tricocromas, antigamente designados sob o nome de tricossiderina, que seriam responsáveis pelas tonalidades ruivas. 
A cor dos cabelos modifica-se. Em geral, a cor torna-se mais escura com a idade, e, 
em seguida os cabelos brancos aparecem progressivamente. 
Essa evolução parte do pressuposto de que o ritmo de produção de melanina não é constante. 
Com o passar dos anos, ocorre, primeiro, uma intensificação e, em seguida, uma diminuição 
do ritmo e, na maioria dos casos, interrupção da formação de pigmentos. 
Os cabelos brancos aparecem, geralmente entre 40 e 50 anos ou, em alguns casos, 
bem mais tarde. A interrupção da produção de melanina explica o desaparecimento da cor. 
É muito provável que a ausência, em certos melanócitos, do ácido aminado, a tirosina, que a deficiência ou a inibição da enzima, a tirosinase, sejam as causas do embranquecimento ou canície. 
Essa interrupção de produção de melanina tem, provavelmente, origem fisiológica e genética.



A COR: OS MELANÓCITOS, A MELANINA... 

A Epiderme, os pelos e os cabelos são coloridos. 
Os pigmentos melanócitos, que absorvem especificamente 
os raios luminosos, são responsáveis pelas variações de cor. 
Na papila dérmica, os melanócitos, células especiais, 
secretam grânulos de pigmentos absorvidos pelas células da vizinhança: os queratinócitos. 
Uma unidade de melanização constitui-se de um melanócito cercado de 30 queratinócitos, aproximadamente.Ela repousa sobre a membrana basal. 
A fabricação da melanina pelos melanócitos desencadeia uma série de reações químicas. 
A partir da tirosina, molécula presente nos melanócitos, desenvolve-se uma 
série de reações químicas sob a influência de uma enzima: a tirosinase. 
Após oxidações sucessivas, sendo que a primeira é a de tirosina pela tirosinase, 
chegamos ao 5-6 didroxi-indol, precursor da melanina. 
Esse precursor vai, por sua vez, ser a origem de uma nova série de reações que resulta, 
por fim, na melanina. O 5-6 didroxi-inol pôde ser isolado e reproduzido. 
Os melanócitos se assemelham a estrelas-do-mar. 
Seus ramos, os dendritos, servem para injetar os grãos de melanina nos queratinócitos. 
Em seguida, esses grãos de melanina se distribuem no córtex. 
Quando maior for a atividade melanocitária, mais escuros serão os cabelos.
O CLAREAMENTO 
A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes conferem reflexos quentes. 
A água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de oxigênio neles penetram e são 
ativadas pelo calor do ambiente. Trata-se de uma oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente destruídos na periferia do córtex. ... 
A DESCOLORAÇÃO 
Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais claro, através de 
uma reação química que provoca uma oxidação mais intensa dos pigmentos. 
Os pigmentos granulosos desaparecem progressivamente. 
Em seguida, os pigmentos difusos são por sua vez, eliminados. 
Esse fenômeno explica o fato de que determinados cabelos se descoloram 
adquirindo ou uma cor vermelha ou uma cor amarelada. 
Aliás, todas as cores intermediárias são possíveis. 
Essas diferentes cores são fundos de clareamento. 
Se o cabelo clareia, ele também pode ser colorido por diferentes métodos...
A COLORAÇÃO SEMI-PERMANENTE e a COLORAÇÃO DIRETA 
Os corantes utilizados são moléculas de dimensão reduzida, cuja estrutura 
possui uma boa afinidade com a fibra capilar. 
Essas moléculas penetram até a periferia do córtex e são eliminados 
gradativamente, pela lavagem. 
Distinguem-se dois tipos de coloração direta. TOM SOBRE TOM 
Faz-se no mesmo tom ou em tom mais escuro. 
Ela camufla os cabelos brancos em nuances naturais, se não forem excessivamente 
numerosos, e se estiverem bem distribuídos. 
É feita com produtos prontos para o uso. 
Não contém nem amônia nem oxidante, e não clareia os cabelos.
REFLEXOS 
Coloração no mesmo tom. Acrescentam reflexos à nuance natural dos cabelos. 
Aplicam-se a cabelos naturais, sem cabelos brancos. 
Fazem-se com produtos prontos para o uso. 
Não contém nem amônia nem oxidante e não clareiam os cabelos.

COLORAÇÃO PERMANENTE e COLORAÇÃO DE OXIDAÇÃO QUE CLAREIA 
Da colorido clareando, mas também no mesmo tom e em tom mais escuro. 
Recobre os cabelos brancos. Age clareando e colorindo simultaneamente o cabelo. 
Necessita que três elementos entrem em atividade: amônia, um oxidante e precursores de cor. 
A amônia tem duas funções importantes: - aumentar o volume da fibra capilar , 
ou seja, abrir as escamas do cabelo, para possibilitar a penetração dos precursores.
- liberar o oxigênio contido no oxidante. 
O oxidante também desempenha duas funções: 
agir sobre os pigmentos do cabelo para clareá-los, oxidando-os. 
- oxidar os precursores para revelar os corantes. 
Os precursores classificam-se em duas categorias: 
- as bases de oxidação (como o paradiaminobenzeno), que são responsáveis 
pela intensidade da cor e pelo recobrimento dos cabelos brancos. 
- os acopladores (como a resorcina), que possibilitam que se variem os reflexos 
(dourados, acobreados, acinzentados, etc.) 
Esses dois grupos interagem para criar a cor. 
A cor obtida é, portanto, o resultado da superposição do clareamento provocado e da cor aplicada.
 A COLORAÇÃO DE OXIDAÇÃO TOM-SOBRE-TOM  
Essa coloração contém corantes que funcionam como os da 
coloração de oxidação de clareamento. 
Entretanto, ela não contém amônia e o agente alcalino utilizado 
tem uma potência muito fraca, o que explica o fato de ela não clarear. 
Ela dá colorido no mesmo tom, ou em tom mais escuro. 
Convém a todos os tipos de cabelo, e recobre os cabelos brancos em até 50%. 
Coloração suave de grande durabilidade, ela se mistura com seu revelador específico 
(oxidante extra-suave). 




COLORIMÉTRIA:
Qual é o significado da palavra Colorimétria?
Seguindo o sentido da palavra é a ação de
MEDIR AS CORES = MÉTRIA – COLOR
Colorimétria é a técnica que utilizamos para
a identificação convencional das cores.
Ainda a colorimétria é o ato de medir fisicamente uma cor,
Resumindo: Colorimétria é o estudo das cores.
INTRODUÇÃO:
As cores existem desde o surgimento da Luz na terra, e
nos humanos elas existem desde o momento da sua
criação, no reino animal acredita-se sermos os únicos a
captar todas as gamas da escala das cores, estas são
captadas pela visão, mas interpretadas pelo cérebro e a
mente, o trabalho em conjunto destes dois órgãos é o que
revela o registro emocional, pode-se dizer que é nas cores
que encontramos um dos principais representantes de
quatro dos maiores sentimentos humanos:
Prazer, Alegria, Tristeza e Depressão
O olho funciona como uma câmara fotográfica recebendo
o número de vibrações e da velocidade das ondas, neste
caso a mente têm a função de identificar as transmissões
O olho é o órgão que julga e permite a síntese da cor, más
não é ele o que    analisa, pois na verdade é a cor  o
resultado de um conjunto de sensações, uma integração
de emoções transmitidas ao cérebro, e este (o cérebro),
 determina finalmente a sensação da cor.
COR e LUZ:                                                  
Podemos falar de cor e de como os seres humanos captam
 a sensação de cor, porém devemos lembrar sempre que
antes de tudo, temos que falar da luz, pois a cor existe
 porque existe luz, já que sem ela (a luz) nada existiria.
Para entender o que é A LUZ, precisamos primeiramente
termos a noção que ela (a luz), é formada por vibrações
eletromagnéticas que são acompanhadas de corpúsculos
 chamados de “PHOTONS”.
 A luz solar chamada de luz branca, ao ser passada por um
 prisma, se decompõe e gera espectros cujas cores são
 caracterizadas pelos comprimentos das ondas.
Cada uma das cores existentes possui um valor diferente
das outras, a medição destes valores é realizada com o
sistema que utiliza a unidade chamada “ANGSTRONS”.
As unidades “ANGSTRONS” medem o comprimento das
ondas produzidas pelas vibrações eletromagnéticas da Luz.
É muito importante destacar que conforme a intensidade
da cor os valores mudam; acompanhe este exemplo, se
fizer uma medição iniciando pelo violeta e concluindo no
vermelho, terá atingido as 7.800 unidades ANGSTRONS.
Segundo pesquisas realizadas sobre a medição das cores,
 os pesquisadores chegaram ao consenso que a cor Violeta
 possui diversas variações de valores sendo que a parte
 visível pode atingir em media o valor próximo as
3800 unidades ANGSTRONS.
Assim, o Violeta torna-se o ponto extremo do Vermelho,
 por esta razão ao seremos mais extensos nós transmitem a
mesma sensação de cor.
Em outras palavras podemos dizer que os espectros da cor
formam uma gama continua de cores que vai do violeta até
o vermelho.Classificamos as cores dividindo-as em três
grupos: PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA e TERCIÁRIA.
O Azul, o Vermelho e o Amarelo são as cores primárias,
isto se deve ao fato de serem puras e quando misturadas
entre si, obteremos outra cor (secundária), não sendo
 possível obter uma das cores primárias com a mistura das
 cores (secundárias) resultantes.
O Verde e o Laranja, são duas das três cores secundárias;
Porém devemos lembrar que em novas descoberta os
 pesquisadores confirmaram que pelo comprimento da
onda ter um valor próprio em ANGSTRONS, podendo até
 ser caracterizadas como cores puras, mesmo que formadas
 na mistura das cores primárias; Pode-se dizer com certeza
que a cor é o resultado de uma sensação essencialmente
psicológica, provocada pela decomposição da luz em
espectros captados pela visão e interpretados e identificado
pelo cérebro e a mente.
Luz Refletida ou Absorvida
Em relação á luz pode-se dizer que, quando atinge um
obstáculo poderá ser refletida ou absorvida pelo mesmo.
Quando ela é absorvida se transforma em calor e
imediatamente será devolvida á atmosfera em
forma de irradiações.
Luzes e Corpos Coloridos

Se projetarmos numa tela diferentes raios luminosos
representando todas as cores do espectro o resultado será o
Branco, se fizermos uma alusão figurativa poderemos
dizer que quando tratamos com Luz Colorida esta
mexendo com a Alma da Cor.
Em contra partida ao fazer uso das cores materializadas ao
misturá-las num único recipiente, o resultado é o Preto.
De forma figurada esta seria o Corpo da Cor.
Isto gera uma duvida... Qual é o motivo desta reação?
Fazendo uso da linguagem técnica podemos dizer que, no
 primeiro caso mesclamos as irradiações da Luz
 transformada em calor, porém no segundo caso a mistura
realizada foi com o substrato das irradiações, ou seja:
A Cor Materializada.
Utilizando a linguagem figurativa anterior para melhor
esclarecer, podemos dizer que no primeiro caso, os raios
luminosos, que são as irradiações, pode ser comparado
com a Alma, e no segundo caso, o substrato das
irradiações pode ser comparado com o Corpo.
Resumindo:
Quando vemos a alma de todas as cores do espectro
misturadas num único ponto estaremos certamente
enxergando a cor branca por trás da cor visível, em contra
partida se misturamos num recipiente o corpo das cores o 
                                                               resultado será a cor preta.

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